Durante sua prisão no Sul da França, Cavaillès escreveu o que se tornou sua obra filosófica mais importante, Sur la logique. Chamar esta últimoa obra de filosófica é de certa forma errôneo. Pois, embora Husserl e outros fenomenologistas aceitassem a visão kantiana de que a filosofia era o árbitro das bases epistemológicas das ciências naturais e humans, Caveillès não aceitou essa visão. Para ele, a investigação das bases das ciências demonstraria que a ciência qua ciência - da qual a matemática é exemplo privilegiado - é fundamentalmente incompreendida se for considerada necessitada de uma metalinguagem filosófica para esclarecer sua estrutura formal. A esse respeito, Cavaillès pensa segundo a forma pela qual Kant lida com a questão de embasar o pensamento em relação à experiência, a questão sendo saber que pensamento e lógica são novas experiências vis-à-vis. Aqui, Cavaillès rapidamente aceita a relação entre lógica e singularidade.
Lechte, John, "50 Pensadores Contemporâneos Essenciais:do Estruturalismo à Pós-modernidade", tradução de Fábio Fernandes,Editora Difel.,2002
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