Por meio da abordagem chamada "desconstrução" , Derrida iniciou uma investigação fundamental sobre a natureza da tradução metafísica ocidental e sua base na lei da identidade. Superficialmente, os resultados dessa investigação parecem revelar uma tradição cheia de paradoxos e aporias lógicas.
(...)
O processo de "desconstrução" que investiga os fundamentos do pensamento ocidental não o faz na esperança de que ele seja capaz de remover esses paradoxos ou essas contradições; nem afirma ser capaz de fugir à exigências dessa tradição e estabelecer um sistema por conta própria. Ao contrário, ele reconhece que é forçado a utilizar os próprios conceitos que considera insustentáveis em termos das reivindicações que lhe são feitas. Resumindo, ele também deve (pelo menos provisoriamente) sustentar essas reivindicações.
Lechte, John, "50 Pensadores Contemporâneos Essenciais:do Estruturalismo à Pós-modernidade", tradução de Fábio Fernandes,Editora Difel.,2002
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